domingo, 17 de junho de 2012

Fêmeas-alfa e o lado amargo da história





Fêmeas alfa só se ferram. Veja o caso da mãe do Rei Leão, a..... -- pois é, ninguém lembra o nome dela! no máximo lembram o nome da namorada do Simba, a Nala. Mas, o nome da companheira de Mufasa e mãe de Simba é SARABI. Voltando, veja o caso da Sarabi: ela teve de aprender a caçar melhor e mais eficientemente que as outras leoas para conquistar o posto de alfa -- só ai tem um trabalhão!!! Depois, teve de conquistar o macho alfa, no caso o Mufasa, e mesmo assim teve de "compartilhá-lo" com as outras fêmeas (é assim com os leões e outros mamíferos -- ring a bell?). Ai ela teve um filhote lindo, de quem ela tinha de cuidar além de coordenar as caçadas. Quando a tragédia se abateu sobre a Savanna, lá ficou ela sem o marido, viúva, sob as ordens do irmão vagabundo e ciumento dele e ainda tendo de aguentar as hienas que trabalhavam para ele. Enquanto ela sofria tudo isso, o filhote dela ficou no maior "Hakuna Matata" com seus amigos. No final feliz da história, ela ficou como sogra! Ou seja, uma roubada maior que a outra!!!!
Até a mãe do leão Alex, de Madagascar 2, foi uma sofredora. Imagina o que é perder o filhote de forma traumática e, anos depois, vê-lo voltar um tremendo showman, mas totalmente despreparado para ser o rei da savana. Dureza!!!
A macaca que criou o Tarzan foi outra: perdeu seu filhote e teve de criar um branquelo sem pêlos que sempre era o último a ser escolhido nas brincadeiras com os outros macaquinhos. Ela teve todo o trabalho e raramente alguém pensa nela.
Isso sem falar na mãe do Bambi, que foi brutalmente assassinada!
Mas, não é só no reino animal que as alfa sofrem. As humanas não ficam em melhor situação.
Lady Marion of Loxley, é um bom exemplo entre as sofredoras. Na versão de Ridley Scott, ela casou com um puxa-saco do rei Ricardo Coração de Leão e depois de uma semana "short and sweet" ela ficou 10 anos -- isso mesmo 10 anos!!!!-- cuidando da propriedade, do velho e cego pai do marido e teve de pegar no pesado para sustentar todo mundo e ainda pagar os impostos. Enquanto isso, o maridão ficou de firulas no trajeto Inglaterra-Terra Santa. No final, ela até se arranjou com o Robin Hood, mas vamos convir: ele era um duro e depois foi declarado Fora-da-Lei. Ah! E para completar, ainda teve de cuidar dos fugitivos de Sheerwood, um bando de moleque sujos, rebeldes, delinguentes e remelentos!
A tal irmã do imperador de Gladiador, também só passou perrengues. Cleópatra teve de se matar para ter uma fim mais digno. Elizabeth I só se ferrou de verde-e-amarelo, digo, de vermelho, azul e branco o tempo todo. Sua única diversão eram as peças de Shakespeare. Pode procurar. Tanto na ficção dirigida às crianças quanto para adultos, a fêmea-alfa sempre acaba com o "fuzzy end of the lollypop", ou em bom português, se ferrando. Vale notar que aprendi essa expressão com a personagem de Marilyn Monroe, Sugar Cane, em Quanto Mais Quente Melhor, quando ela dizia que sempre acabava se ferrando com os homens. Na boca dela, essa expressão tem bem pouco de ficção. 
Mas, Diante do que a ficção diz, ser fêmea-alfa é escolher uma vida de sofrimentos sem  ninguém para consolar. 

Por isso, as menininhas espertas, com potencial para liderança, talvez devam evitar assumir seu lado alfa.  

Um comentário:

  1. Segundo Rui Castro em "O amor de mau humor", com citações de famosos, quando Marilyn Monroe assinou o primeiro contrato para um filme disse: "Este é o último Pau que eu chupo!". Acredita-se que era literal e uma promessa que ainda seria quebrada algumas vezes...

    ResponderExcluir